Número de mortes anuais por melanoma no país pode ter um aumento de 80% até 2040
Foto: Pedro Santana
No universo da saúde, poucos inimigos são tão traiçoeiros quanto o melanoma, uma forma agressiva de câncer de pele que se desenvolve nas células produtoras de pigmento, os melanócitos. A doença, na maioria das vezes, começa como uma simples pinta ou mancha na pele, mas pode rapidamente se espalhar para outras partes do corpo se não for diagnosticado e tratado precocemente.
Um dos desafios no combate a esse tipo de câncer é a falta de conscientização sobre os sinais e sintomas da doença. A dermatologista Glyce Cardoso explica que é de suma importância os pacientes se atentarem a qualquer marca nova em seu corpo, principalmente em pontos como as palmas do pé e das mãos. Quando diagnosticado precocemente, o melanoma é altamente tratável e leva as chances de cura do câncer a mais de 90%, de acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia.
Em um estudo realizado pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica (SBCO), o câncer de pele no Brasil corresponde a cerca de 30% de todos os tumores malignos registrados no país. Além disso, a pesquisa identificou que o número de mortes anuais por melanoma no país podem ter um aumento de 80% até 2040.
Geralmente, ela se manifesta através de uma nova pinta com uma aparência diferente das já existentes no corpo humano. Para ajudar a observar essas alterações, foi criado o método ABCDE que consiste em:
A de Assimetria: é preciso observar se uma metade do sinal é diferente da outra;
B de Borda: contorno mal definido;
C de Cor: presença de várias cores em uma mesma lesão, como vermelho, branco, preto, tons cinza-azulados, ou até mesmo mais de uma cor;
D de Diâmetro: os sinais devem ter menos de seis milímetros de diâmetro;
E de Evolução: qualquer sinal de evolução, como o aumento no tamanho, cor ou formato.
Um dos principais fatores de risco para o desenvolvimento da doença incluem exposição excessiva à radiação ultravioleta. Medidas simples, como o uso do protetor solar, evitar a exposição solar durante as horas de pico e realizar exames regulares da pele, podem ajudar a prevenir o melanoma.
Muitas vezes, as pessoas ignoram ou subestimam alterações na pele que poderiam indicar a presença de melanoma, atrasando o diagnóstico e o tratamento adequado. "Há uns cinco anos, uma mancha escura começou a aparecer no meu pescoço. Minha esposa percebeu e pediu para eu investigar, mas optei por ignorar. Achei que era somente mais um dos sintomas da velhice. De um tempo pra cá, comecei a notar que ela tem aumentado e agora comecei a examinar o paradeiro dessa mancha", revela Misael de Souza, aposentado, 83 anos.
A realização de uma biópsia ajuda o paciente a identificar a patologia daquela má formação. Especializada na área dermatológica, a Dra Daniela da Matta realça que é necessário sempre encaminhar o paciente a esse procedimento. "Toda lesão pigmentada em extremidade, seja no pé ou na mão, a gente tem por protocolo fazer a biópsia. No fim, ela pode ser apenas uma má formação ou até mesmo uma sequela de uma coceira de uma picada de mosquito, mas caso venha a confirmar um diagnóstico de melanoma, o paciente deverá começar o tratamento", explica.
Técnica laboratorial analisando um resultado de uma biópsia no microscópio. Créditos: Pexels
A definição do tratamento mais adequado, se identificado o câncer, será determinado de acordo com o estágio do melanoma, observando suas características e nível de gravidade do tumor. De maneira geral, as recomendações são:
Melanoma inicial (estágio I): Acompanhamento a cada três a quatro meses nos primeiros três anos; a cada seis meses nos próximos dois anos e, a partir do sexto ano, anualmente;
Melanoma em estágio II: Acompanhamento a cada três a quatro meses nos primeiros cinco anos; a cada seis meses no próximo ano e, a partir do sétimo ano, anualmente;
Melanoma em estágio III: Acompanhamento a cada três meses nos primeiros dois anos; a cada quatro meses no próximo ano e, a partir do quarto ano, a cada seis meses;
Melanoma em estágio IV: Acompanhamento a cada dois a três meses até que a doença esteja controlada; depois a cada três a seis meses.
Os procedimentos cirúrgicos mais indicados para o tratamento dos melanomas malignos, segundo a SBCO, consiste em:
Cirurgia de reconstrução: após a remoção do câncer, pode haver a necessidade de reconstruir o local afetado, que será feita de acordo com as características do tumor apresentado;
Dissecção dos linfonodos: procedimento que remove os gânglios linfáticos e a presença das células doentes são verificadas;
Cirurgia paliativa: efetuada em casos de estágios mais graves da doença, quando não há possibilidade de cura. A realização da cirurgia ajuda no controle da disseminação e na atenuação dos efeitos colaterais, como consequência, aumenta a sobrevida do paciente e promove alívio dos desconfortos da doença.
No universo da saúde, poucos inimigos são tão traiçoeiros quanto o melanoma, uma forma agressiva de câncer de pele que se desenvolve nas células produtoras de pigmento, os melanócitos. A doença, na maioria das vezes, começa como uma simples pinta ou mancha na pele, mas pode rapidamente se espalhar para outras partes do corpo se não for diagnosticado e tratado precocemente.
Um dos desafios no combate a esse tipo de câncer é a falta de conscientização sobre os sinais e sintomas da doença. A dermatologista Glyce Cardoso explica que é de suma importância os pacientes se atentarem a qualquer marca nova em seu corpo, principalmente em pontos como as palmas do pé e das mãos. Quando diagnosticado precocemente, o melanoma é altamente tratável e leva as chances de cura do câncer a mais de 90%, de acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia.
Em um estudo realizado pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica (SBCO), o câncer de pele no Brasil corresponde a cerca de 30% de todos os tumores malignos registrados no país. Além disso, a pesquisa identificou que o número de mortes anuais por melanoma no país podem ter um aumento de 80% até 2040.
Geralmente, ela se manifesta através de uma nova pinta com uma aparência diferente das já existentes no corpo humano. Para ajudar a observar essas alterações, foi criado o método ABCDE que consiste em:
A de Assimetria: é preciso observar se uma metade do sinal é diferente da outra;
B de Borda: contorno mal definido;
C de Cor: presença de várias cores em uma mesma lesão, como vermelho, branco, preto, tons cinza-azulados, ou até mesmo mais de uma cor;
D de Diâmetro: os sinais devem ter menos de seis milímetros de diâmetro;
E de Evolução: qualquer sinal de evolução, como o aumento no tamanho, cor ou formato.
Um dos principais fatores de risco para o desenvolvimento da doença incluem exposição excessiva à radiação ultravioleta. Medidas simples, como o uso do protetor solar, evitar a exposição solar durante as horas de pico e realizar exames regulares da pele, podem ajudar a prevenir o melanoma.
Muitas vezes, as pessoas ignoram ou subestimam alterações na pele que poderiam indicar a presença de melanoma, atrasando o diagnóstico e o tratamento adequado. "Há uns cinco anos, uma mancha escura começou a aparecer no meu pescoço. Minha esposa percebeu e pediu para eu investigar, mas optei por ignorar. Achei que era somente mais um dos sintomas da velhice. De um tempo pra cá, comecei a notar que ela tem aumentado e agora comecei a examinar o paradeiro dessa mancha", revela Misael de Souza, aposentado, 83 anos.
A realização de uma biópsia ajuda o paciente a identificar a patologia daquela má formação. Especializada na área dermatológica, a Dra Daniela da Matta realça que é necessário sempre encaminhar o paciente a esse procedimento. "Toda lesão pigmentada em extremidade, seja no pé ou na mão, a gente tem por protocolo fazer a biópsia. No fim, ela pode ser apenas uma má formação ou até mesmo uma sequela de uma coceira de uma picada de mosquito, mas caso venha a confirmar um diagnóstico de melanoma, o paciente deverá começar o tratamento", explica.
Técnica laboratorial analisando um resultado de uma biópsia no microscópio. Créditos: Pexels
A definição do tratamento mais adequado, se identificado o câncer, será determinado de acordo com o estágio do melanoma, observando suas características e nível de gravidade do tumor. De maneira geral, as recomendações são:
Melanoma inicial (estágio I): Acompanhamento a cada três a quatro meses nos primeiros três anos; a cada seis meses nos próximos dois anos e, a partir do sexto ano, anualmente;
Melanoma em estágio II: Acompanhamento a cada três a quatro meses nos primeiros cinco anos; a cada seis meses no próximo ano e, a partir do sétimo ano, anualmente;
Melanoma em estágio III: Acompanhamento a cada três meses nos primeiros dois anos; a cada quatro meses no próximo ano e, a partir do quarto ano, a cada seis meses;
Melanoma em estágio IV: Acompanhamento a cada dois a três meses até que a doença esteja controlada; depois a cada três a seis meses.
Os procedimentos cirúrgicos mais indicados para o tratamento dos melanomas malignos, segundo a SBCO, consiste em:
Cirurgia de reconstrução: após a remoção do câncer, pode haver a necessidade de reconstruir o local afetado, que será feita de acordo com as características do tumor apresentado;
Dissecção dos linfonodos: procedimento que remove os gânglios linfáticos e a presença das células doentes são verificadas;
Cirurgia paliativa: efetuada em casos de estágios mais graves da doença, quando não há possibilidade de cura. A realização da cirurgia ajuda no controle da disseminação e na atenuação dos efeitos colaterais, como consequência, aumenta a sobrevida do paciente e promove alívio dos desconfortos da doença.
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